Andebol Campeonato da Europa Sub19 femininos: Portugal perde com a Bielorússia e termina em 14.º
Derrota na última partida e balanço menos positivo por parte do selecionador nacional, Carlos Pires.
Portugal perdeu esta tarde com a Bielorússia por 31-29, em jogo a contar para a atribuição dos 13.º/14.º lugares do Campeonato da Europa Sub19 femininos que este domingo termina em Valência, Espanha.
Ao intervalo, a formação de Carlos Pires vencia por 20-15, depois de, ainda durante o primeiro tempo, ter conseguido uma vantagem muito maior.
Quem o refere é o próprio selecionador nacional, quando faz a abordagem à partida.
"Foi um jogo muito pouco conseguido da nossa. Começámos bem, fizemos 15 minutos em que as atletas estiveram concentradas, com uma excelente atitude, chegando por isso a ter vantagens de 10 e 11 golos". O pior estava para vir.
" Depois, a partir daí, cometemos muitas precipitações, muitas falhas técnicas, muita falha de rigor finalização. Cada ataque, cada bola deitada fora, e contra-ataques diretos da Bielorúsia que recuperou ainda na primeira parte alguma da desvantagem", refere Carlos Pires.
"A segunda parte começou da mesma maneira, até a Bielorússia alcançar a igualdade a meio do segundo tempo. Seguiu-se uma toada de equilibro, até entrarmos nos últimos quatro minutos a perder por três. Foi assim..", referiu manifestamente insatisfeito o seleccionador nacional.
Sobre o balanço da presença portuguesa neste Europeu, Carlos Pires não tem rodeios.
"O balanço é negativo, porque a equipa tinha querer, acreditava e tinha como objetivo ir ao «main-round» e garantir um lugar entre os oito primeiros. Era um objetivo ambicioso mas exequível, que podia estar presente", assegura o selecionador. ". Temos consciência de que quando chegamos a esta altura, as diferenças ao nível competitivo vão-se acentuando. Este grupo tem muita qualidade, que tem dado muito ao andebol nacional, pelo que tinha esse objetivo. Também tudo nos aconteceu. Desde lesões de atletas importantes até outras que acabaram por se lesionar aqui.Saindo da primeira fase, em que perdemos a qualificação com a Espanha, temos a sensação de que poderíamos ter equilibrado mais esse jogo com os espanhóis, poderíamos ter estado mais tempo dentro do jogo mas não conseguimos". Esse pode ter sido um momento decisivo já que,"a partir dessa altura nunca nos conseguimos encontrar na totalidade dos jogos. Tivemos períodos muito bons, competitivos, muitas vezes 45 minutos, o jogo com a França foi exceção, mas tem-nos faltado alguns minutos de jogo para alcançar o objetivo. O empate com a Roménia, o jogo com a Macedónia, podíamos ter feito melhor, e com a Noruega só descolámos na reta final. Pessoalmente assumo toda a responsabilidade, as atletas são as menos responsáveis".
O trabalho não acaba aqui e Carlos Pires já pensa na próxima competição.
"É preciso trabalhar com este grupo e preparar a fase seguinte que é o apuramento para o Mundial de Sub20 de 2016", recorda.
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